A década de oitenta foi marcada pelo processo de abertura política do Brasil após duas décadas de regime militar. Contudo, ao sair de tal regime, o país estava mergulhado numa série de problemas sociais e econômicos que levaram a grandes mobilizações dos trabalhadores:
Desemprego, perdas salariais e o
aumento sucessivo dos preços dos produtos de primeira necessidade. Este era o
cenário econômico e social do Brasil no final da década de 80. Com a
instituição do Plano Verão pelo governo Sarney, as perdas salariais e o
panorama caótico se agravaram. As mais diversas categorias resolveram sair às
ruas para demonstrar todo o seu descontentamento com a situação. Na pauta de
reivindicações, a recuperação imediata das perdas salariais acumuladas nos
últimos anos, reajustes salariais mensais de acordo com o índice real de
inflação, congelamento real dos preços, combate à recessão e ao desemprego*.
Com a mobilização dos trabalhadores, o governo e os empresários resolveram marcar uma reunião para 10 de março. Nessa ocasião foram admitidas as perdas salariais, mas por outro lado, não houve nenhuma evolução no quadro de opressão que os trabalhadores sofriam. O governo queria a qualquer custo, salvar o Plano Verão e os empresários por sua vez, queriam tirar proveito da situação para descongelar os preços.
A Central Única dos Trabalhadores
organizou a paralisação nacional e geral das atividades nos dias 14 e 15 de
março de 1989. Cerca de 70% da população economicamente ativa do país cruzou os
braços com apoio da maioria da população brasileira. A greve geral expressou o
repúdio da classe trabalhadora e da população em geral à política econômica do
então presidente José Sarney.
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