A Guerra do Golfo, confronto entre Iraque e Kuwait,
iniciou no mês de agosto de 1990 com a investida do Iraque contra o
território Kuwaitiano. O Iraque, comandado pelo ditador Saddam Hussein,
alegava questões históricas para anexar o pequeno país ao sul do seu
território, mas sabe-se que o maior interesse do ditador era no grande número
de poços de petróleo da região bem como, na ampliação de sua
saída para o mar. As potências ocidentais, principalmente os Estados
Unidos, até então aliados do Iraque na guerra contra o Irã, decidiram intervir
na região visando assegurar seus interesses econômicos.
A guerra provocou o fechamento do golfo pérsico e os EUA
perderam dois dos seus fornecedores de petróleo: Iraque e o Kuwait. As
especulações sobre o que aconteceria no transcorrer da guerra e a interdição do
golfo pérsico levaram os preços do petróleo a subir demasiadamente chegando a
marca próxima dos US$ 40 atuais.
Quase quinhentos mil militares foram mobilizados para a
Operação Tempestade no Deserto que marcou a intervenção da coalizão estrangeira
contra o Iraque. Além disso, a operação reuniu Cem navios de guerra, 1.800
aviões de combate e milhares de mísseis dos EUA que eram lançados do golfo pérsico
contra Bagdá. O resultado desta operação, embora exitoso, apresentou um elevado
número de baixas: 336 e 467 feridos.
O intenso bombardeio aéreo e por meio de mísseis longo
alcance preparou o terreno para o avanço por terra que veio em 24 de fevereiro
de 1991. Agora, os combates que eram apenas aéreos, foram também iniciados por
terra aproveitando o grande estrago que os bombardeios causaram. Passadas cem
horas do avanço da infantaria veio a rendição dos iraquianos. Era o fim do
regime de Saddam Hussein que mesmo assim, ainda não tinha sido capturado.
A Guerra do Golfo elevou a popularidade do então
presidente George Bush, que alcançou os maiores índices de aprovação desde o
final da Segunda Guerra Mundial.
Com a rendição de Saddam Husseim, os preços do petróleo
voltaram a cair e o Iraque além de não ter conseguido anexar o Kuwait, rico em petróleo,
teve que amargar a presença militar estrangeira e um pesado embargo econômico.
Em 19 de março de 2003, os Estados Unidos, aliados à
Inglaterra, iniciaram novos bombardeios contra o Iraque deflagrando mais uma
guerra no Golfo Pérsico. A alegação, desta vez, era que o Iraque estaria
fabricando armas de destruição em massa. Tal alegação inclusive, foi bastante
contestada.
Nove meses depois do início dos ataques à Bagdá, os
Estados Unidos conseguiram localizar e prender Saddam Hussein. O ex-ditador iraquiano
foi encontrado pelas forças americanas na noite de 13 de dezembro de 2003, num
lugarejo ao sul da cidade de Tikrít, onde nasceu. As primeiras imagens
divulgadas mostravam Saddam Hussein, barbado e abatido, durante o exame médico
feito logo depois da prisão.
Saddam ficou sob a guarda dos norte-americanos – em lugar
não revelado por motivos de segurança – até o dia 30 de junho, quando foi
entregue à Justiça iraquiana para que fosse julgado por crimes contra a
humanidade. Foi condenado em 5 de novembro de 2006 e, em 30 de dezembro, foi
enforcado em Bagdá.
Uma das características marcantes desta guerra foi a transmissão ao vivo dos combates para o mundo inteiro.
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