Com a subida de Dom Pedro II ao trono, o Poder Moderador e o Conselho de Estado
foram restaurados imediatamente. Iniciava-se assim, o processo de centralização
política do país, extremamente necessário para a garantia da unidade nacional.
Contudo, o novo governo imperial reestruturou o cenário político da época por
meio de um “avançado” sistema, inspirado no parlamentarismo britânico. Neste sistema
o monarca possuía uma função representativa e as principais decisões ficavam a cargo
do primeiro-ministro, eleito pelo poder legislativo. Mas, na prática, o modelo
implantado no Brasil era totalmente o oposto do britânico.
O Imperador manipulando o cenário político da época (charge).
Dom Pedro II, detentor constitucional do Poder Moderador, gozava de
total liberdade para interferir nas deliberações dos poderes que constituíam o
Estado brasileiro nomeando inclusive, os membros do Conselho de Estado. Com os
membros do Conselho de Estado sob sua tutela D. Pedro II ditava as regras do
jogo e as ações do Conselho refletiam seus interesses.
Conservadores e liberais disputavam a hegemonia política no país e por
isso, as eleições para o legislativo eram sempre marcadas por inúmeras fraudes.
Ambos faziam parte da mesma elite econômica que dominava a nação e lutavam pela
manutenção de seus privilégios e sendo assim, não apresentavam orientações políticas
com divergências significativas. Tal fato fica evidente se considerarmos o fato
que tanto liberais quanto conservadores tiveram vantagens frente ao parlamento
e ao gabinete de ministros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários