Plano Cohen – Plano secreto
que tinha por objetivo derrubar o então presidente Getúlio Vargas. Foi atribuído
ao Partido Comunista Brasileiro.
O nome “COHEN” é uma referência
ao líder comunista que governava a República Soviética da Hungria desde 1919,
Béla Kun (ou ainda Béla Kohn ou Béla Cohen).
O documento, Plano Cohen, foi apresentado
como prova material de uma conspiração que supostamente, derrubaria Vargas para
instaurar o comunismo no Brasil. Em 30 de setembro de 1937, o general Góes
Monteiro, chefe do Estado-Maior do Exército, anunciou em discurso transmitido no
programa Hora do Brasil, a descoberta de um movimento que se assemelhara à
intentona comunista de dois anos antes. O suposto plano, segundo as palavras do
general, previa o sequestro de várias autoridades, sobretudo, os Ministros de
Estado, o presidente do Supremo Tribunal e os presidentes da Câmara e do
Senado. Ainda estavam previstos, os sequestros de líderes políticos e
militares, que deveriam ser executados no mesmo dia.
A revelação do plano fictício
criou um clima de terror entre a população, mas, na verdade, o documento
revelado por Góes Monteiro foi redigido pelo capitão Olímpio Mourão Filho, chefe
do Serviço Secreto da AIB (Ação Integralista Brasileira). Contudo, a farsa só
foi descoberta no final da ditadura varguista em 1945. O próprio Góes Monteiro
revelou que o Plano Cohen não passava de uma fraude usada para prolongar os
anos de Vargas no poder. O documento que fora redigido por ele a pedido de Plínio
Salgado, chefe da ação integralista brasileira, seria apenas para efeito de
estudo. Todavia, o texto foi copiado e, certamente de maneira planejada, chegou
ao conhecimento do alto comando das Forças Armadas. O curioso é que no ano
seguinte 1938, foi a vez dos integralistas serem retirados do cenário político
após a tentativa de invasão ao Palácio da Guanabara. Tais incidentes serviram
de pretexto para Vargas usar as garantias da constituição de 1934 a seu favor e
aprovar, junto ao Congresso, o estado de sítio (guerra) em todo o território
nacional. Após essa manobra, ele ordenou o fechamento do próprio Congresso e
outorgou uma nova Constituição para o país, era o início do Estado Novo.
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