Uma das mais importantes medidas
tomadas pelo regente Dom João, após a chegada da família real no Brasil, foi a
criação do nosso primeiro banco. Nos tempos da colônia o Brasil não dispunha de
moeda própria nem mesmo de mercado interno, mas com a fuga da realeza para
estas terras, tudo começou a mudar. Assim, em 12 de outubro de 1808 foi
assinado, pelo próprio Dom João, o alvará que criou oficialmente nosso primeiro
banco. No entanto, a primeira agência só foi aberta em 11 de dezembro de 1809
no Rio de Janeiro.
O Banco do Brasil nasceu com um
capital de 1200 ações de um conto de réis cada. A instituição foi aberta ao
público e chamou a atenção dos ricos da época, todavia, mesmo com oferta
pública de suas ações, houve pouco interesse em adquiri-las.
A partir de 1821, após o retorno
de Dom João VI para Portugal, o Banco do Brasil passou por uma grave crise, proveniente
do saque realizado por sua majestade para a viagem.
Depois da Independência do Brasil
(1822), a crise do Banco do Brasil se tornou ainda mais grave. Para entendermos
este momento basta lembrarmos que Portugal só reconheceu nossa independência mediante
o pagamento de dois milhões de libras esterlinas, quantia emprestada pela Inglaterra.
Com isso, o impacto deste endividamento recaiu sobre nossa única instituição financeira.
Em 1833, durante as conturbações
do período regencial, o Banco acabou falindo, mas foi reaberto no mesmo ano. Sua
reabertura ocorreu graças aos 10.000 contos de réis de Irineu Evangelista de
Souza, o Barão de Mauá.
A segunda fase da história do
Banco do Brasil começou em 1851, ou seja, durante o segundo reinado. A partir
desse ano, a instituição financeira começou a ficar mais forte.
Em 1888, ano da abolição da
escravatura, o Banco do Brasil foi o primeiro a abrir linhas de crédito para
que os fazendeiros buscassem imigrantes europeus dispostos a trabalhar nas
lavouras de café.
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