Chamamos de Renascimento os movimentos culturais que marcaram a transição do período em que predominavam os valores medievais para uma nova concepção de mundo.
O início deste importante
movimento remonta a península itálica (ITÁLIA) do século XV, que recebeu
consideráveis grupos de artistas fugitivos do império bizantino, após a queda
de Constantinopla em 1453. Desta forma, a Itália se tornou um centro pioneiro e
irradiador desta revolução artística, literária, política e religiosa. A partir
daí, o Renascimento propagou-se por toda Europa, sobretudo na Inglaterra,
Alemanha e com menor força, nos países ibéricos
(Portugal e Espanha).
Neste momento crítico de
profundas transformações, surgiu o Renascimento, com uma eclosão criativa sem
precedentes, inspirada nos antigos valores greco-romanos, retomados pelos
artistas que vivenciaram a decadência de um paradigma e o nascimento de um
universo totalmente diferente. Este movimento representou, portanto, uma
profunda ruptura com um modo de vida mergulhado nas sombras do fanatismo
religioso, para então despertar em uma esfera materialista e antropocêntrica.
Agora o centro de tudo se deslocava do Divino para o Humano, daí a vertente
renascentista conhecida como Humanismo.
Alguns estudiosos atribuem a
expressão Renascimento ao italiano Giorgio Vasari, que a teria usado para
explicar o esplendor artístico e cultural vivenciado na Itália neste período,
com repercussões na pintura, na literatura e na ciência. Outros atribuíam ao
historiador francês Jules Michelet o uso deste termo ao se reportar a esta
época, quando Giotto revolucionava as artes plásticas, enquanto
Petrarca se tornava o pioneiro do Humanismo.
Na sociedade desenvolviam-se
rapidamente instâncias políticas intensamente centralizadas, uma economia de
âmbito urbano e de natureza mercantil, e florescia o mecenato – surgimento de
mecenas, ou seja, patrocinadores das artes, dos criadores.
Na vertente humanista da Renascença,
o Homem é a peça principal, agora ocupando o lugar antes impensável do próprio
Criador. Este aspecto antropocentrista se prolonga por pelo menos um século em
toda a Europa Ocidental. Petrarca via este período como o fim de uma era
sombria, referindo-se à Era Medieval. Este movimento privilegia a Antiguidade
Clássica, mas não se limita a reproduzir suas obras, o que reduziria sua
importância. Seus seguidores recusavam radicalmente os valores medievais e para
alcançar esse objetivo usavam a cultura greco-romana como o instrumento mais
adequado para a realização de suas metas.
Além do Antropocentrismo, o
Renascimento também introduz princípios hedonistas – a busca do máximo prazer
no momento presente, como tesouro maior do Homem – e individualistas – a
exaltação do indivíduo e de sua suprema liberdade dentro do grupo social -, bem
como o otimismo e o racionalismo.
Referências:
Vídeo: Youtube.com
http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/
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