A Crise de 1929, popularmente
conhecida como A Grande Depressão, foi uma grave crise econômica, a pior e
mais longa que o século XX já passou. Entre todas as suas consequências podemos
destacar as altas taxas de desemprego, a drástica diminuição da produção
industrial em diversos países e quedas significativas nos PIB’s. Praticamente
todo o mundo sentiu os efeitos dessa crise.
Em julho de 1929 a produção
industrial americana começou a cair dando início A Grande Depressão que se
prolongou até o dia 24 de outubro, quando a bolsa de valores de Nova York e
a New Stock Exchange viram os valores de suas ações despencarem. Milhares
de acionistas perderam tudo da noite pra o dia. Várias empresas comerciais e indústrias
fecharam elevando drasticamente as taxas de desemprego e pioraram ainda mais os
efeitos da recessão.
Quando a Primeira
Guerra Mundial chegou ao fim, alguns países europeus estavam com suas
economias enfraquecidas, enquanto que os Estados Unidos cresciam cada vez mais,
lucrando com a exportação de alimentos e produtos industrializados. Em
decorrência disso a produção norte-americana se acostumou com esse crescimento,
o que aumentou dia após dia, principalmente entre os anos de 1918 e 1928.
Era um cenário com muitos empregos, preço baixo, elevada produção na
agricultura e a expansão do crédito que incentivada o consumismo desenfreado.
O problema para os Estados
Unidos foi que a Europa começou a se reestabelecer, o que levou
a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Agora a indústria norte-americana
não tinha mais para quem vender a quantidade exacerbada de mercadorias, havendo
mais produtos do que procura. Isso levou a diminuição do preço, queda da
produção, e consequentemente, aumento do desemprego. Esses fatores provocaram a
queda dos lucros e a paralisação do comércio, ocasionando a queda das ações da
bolsa de valores, quebrando-a em seguida. Em resumo, a crise de 1929
se deu graças a superprodução, que não estava preparada para a falta de
procura, e acabou com todas as mercadorias encalhadas.
O setor cafeeiro foi o
grande reflexo dessa crise no Brasil. Os americanos eram os maiores compradores
do nosso café, mas com a chegada da crise, houve uma acentuada diminuição
de suas exportações. Essa situação obrigou o governo brasileiro a comprar e
queimar toneladas de café para diminuir a oferta e manter o preço do principal
produto do país. Isto induziu os cafeicultores a investiram no setor
industrial, o que de certa forma foi positivo para a indústria brasileira.
A solução para o grave
problema veio com a eleição do democrata Franklin Delane Roosevelt. Ele pôs
em prática, a partir de 1933, o New Deal, que fazia com que o
governo passasse a controlar os preços e a produção das indústrias e fazendas.
Assim foi possível controlar a inflação e evitar que houvesse acúmulo de
estoques. O Plano também inseria investimentos em obras públicas, como a
melhoria das estradas, ferrovias, energia elétrica, entre outros. Desta forma
começaram a aparecer os primeiros resultados, havendo uma diminuição
significativa do desemprego.
Com o desenvolvimento do
programa, a economia norte-americana foi aos poucos voltando a entrar no rumo,
e no início da década de 1930 ela já funcionava normalmente.
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