Em fins de abril de 1945 o fim da Segunda Guerra na Europa já havia se desenhado. Os soviéticos já haviam rompido a linha de defesa alemã sitiando Berlim. As tropas alemãs que restaram tentavam desesperadamente conter os soviéticos, mas o fim já se mostrara inevitável.
Artilharia soviética contra Berlim
O caos se instaurou entre os
membros do auto comando nazista e por isso, apenas os mais próximos permaneciam
na companhia de Hitler em seu bunker (abrigo subterrâneo).
Esquema do bunker de Hitler.
O próprio Hitler já havia
cogitado a possibilidade de retirar-se de Berlim, mas posteriormente, mudou de
ideia decidindo ficar até o fim. Nos dias seguintes a situação só se agravara e
temendo cair nas mãos dos aliados Hitler tirou a própria vida em 30 de abril.
O comando do Terceiro Reich ficou
a cargo do almirante Karl Dönitz, que designou o general Alfred Jodl ao
quartel-general dos Estados Unidos, na cidade francesa de Reims, para negociar a
rendição. Na madrugada de 07 de maio (2h40), a Alemanha assinava os termos de
rendição incondicional. Os combates, segundo o acordo, cessariam às 23h01 do
dia 08, mas já nas primeiras horas daquele dia a notícia correu a Europa
obrigando os aliados a anunciarem o fim dos combates às 15h.
A rendição de Reims, no
entanto, não foi o suficiente para Stalin que queria que a rendição fosse
assinada no coração do antigo poderio alemão, Berlim. Essa segunda cerimônia iniciou
no subúrbio de Berlim na noite do dia 08 e terminou às 00h28 minutos do dia 09
e por isso, a capitulação alemã é comemorada na atual Rússia um dia depois da
data oficial na Europa: 09 de maio.
O fim da guerra no cenário
europeu não significou o total término do conflito. No pacífico os japoneses
continuavam resistindo bravamente a força militar dos americanos enfrentando
inclusive, a falta de armas e munições. Foi nesse contexto que os Kamikazes
ganharam seu lugar na história.
Kamikazes
Os kamikazes eram jovens
pilotos de elite da força aérea japonesa. Para atingir seus inimigos eles jogavam
seus aviões contra navios inimigos, pois já não tinham combustível o suficiente
para chegar a uma base segura ou não tinham munições para atacar. Esses aviadores
acreditavam que a derrota era motivo de desonra e por isso, não hesitavam em
executá-las mesmo que pagando com a própria vida. Além disso, os japoneses não
concebiam a ideia de prisioneiros de guerras, ou seja, a captura pelo inimigo era
pior que a morte.
Artilharia antiaérea americana
Os rumos para mais este
trágico período da história da segunda guerra começou a mudar a partir de um
episódio ainda mais tenebroso. Em de 6 agosto de 1945, o avião B-29 Enola
Gay da Força Aérea dos EUA, sob ordens diretas de Washington, lançou o que seria o primeiro ataque nuclear
da história contra a cidade japonesa de Hiroshima. A bomba foi detonada
com uma intensidade de 16 quilotons aproximadamente, a cerca de 600 metros de
altura. Sua detonação matou de forma imediata, 80 000 pessoas. Um segundo
ataque nuclear contra o Japão foi realizado contra Nagasaki em 9 de agosto de
1945 e provocou a rendição japonesa seis dias depois.
Enola Gay foi o nome dado ao bombardeiro B-29 que lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945. Foi pilotado pelo coronel Paul Tibbets Jr., então com 30 anos, comandante do 509º Grupamento Aéreo dos Estados Unidos, que desde fevereiro de 1945 preparava-se para a missão. A fim de realizá-la, Tibbets escolheu pessoalmente um quadrimotor B-29, batizando-o com o nome Enola Gay em homenagem à sua mãe.
Escombros de Hiroshima após o ataque.
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