Aproximadamente em 5.000 a. C.,
os grupos que viviam nas margens do Rio Nilo desenvolveram técnicas para
direcionamento das águas e por isso, iniciaram a prática agrícola e o pastoreio
na região. A partir de observações que faziam da natureza, desenvolveram um
calendário que dividia o ano em três estações. Esse sistema de contagem do
tempo se fez necessário em função da necessidade de observar a época das
cheias, semeadura e da colheita, ou seja, fora construído para sistematizar a
atividade agrícola. Neste sentido, observamos que a simples compreensão da dinâmica
do Nilo permitiu a ocupação duradoura do território que logo se tornaria
império.
As ocupações situadas às margens
do Nilo evoluíram rapidamente, para Nomos – grupo de pessoas que adoravam os
mesmos deuses, os administradores dos nomos eram chamados de nomarcas. Tal organização
permaneceu ao longo de todo o Egito antigo.
O agrupamento de vários
nomos, por razões diversas, proporcionaram a criação de dois reinos em cada
umas das margens do Nilo: Alto Egito e Baixo Egito.
Observe que as terras do alto Egito ficam ao sul ao passo que as do Baixo ficam ao Norte.
A separação permaneceu até
3.100 a. C., quando o rei do alto Egito Menés, conquistou as terras do baixo Egito
fundando o Império Egípcio. Menés se tornou o primeiro faraó, forma como os egípcios
chamavam os reis, e fundador da primeira dinastia daquele povo.
O antigo império foi marcado por uma relativa estabilidade política
bem como, de prosperidade econômica. Grande parte das riquezas provenientes da
arrecadação dos impostos foi usada na construção de obras públicas e nas colossais
pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos (nome de poderosos faraós).
* - http://www.infoescola.com/civilizacaoegipcia/medio-imperio
No período que corresponde
ao antigo império o Egito esteve
dividido em 42 nomos, cada um deles administrado por um nomarca que por sua
vez, estava subordinado ao faraó. Nas primeiras dinastias a capital estava
situada em Tínis; com a terceira dinastia a capital foi transferida par a
região do delta do Nilo em Mênfis, constrída especialmente para esta
finalidade.
O Médio Império iniciou depois
de uma grave crise causada pela revolta dos governantes dos nomos (nomarcas),
que desestabilizaram o poder do faraó. Mas, mesmo enfrentado graves crises, a
estabilidade foi recuperada e uma nova fase de prosperidade política e
econômica no Egito foi inaugurada.
No final do Antigo Império os
nomarcas do Egito, revindicavam maior autonomia e por isso, afastaram-se do
controle do faraó. A revolta desequilibrou o Império e a imagem do faraó, por
isso, o fim do Antigo Império ficou marcado pelo enfraquecimento do líder
máximo.
O Médio Império teve início
aproximadamente em 2000 a. C. quando subiu ao trono o faraó Amenhemet I que
iniciou a décima segunda dinastia. Amenhemet I se empenhou para colocar um fim no
período conturbado que abalava o Egito. A capital do Império, na ocasião de sua
chegada ao poder, estava estabelecida em Tebas, contudo uma reorganização do
Império a transferiu para o Norte, em Iti-taui. Além disso, foram construídas
fortalezas no delta do Nilo para evitar invasões estrangeiras, os nomarcas por
sua vez, tiveram seus poderes enfraquecidos e o poder central voltou a se fortalecer.
Sesóstris I, filho de Amenhemet I,
co-governou com seu pai o Egito até o assassinato do faraó, mas quando tal golpe
aconteceu o filho conseguiu dominar rapidamente a agitação que estava por se
formar e dar prosseguimento ao governo. Sua maior preocupação foi assegurar o
controle das minas na Núbia, por isso as guerras com a mesma continuaram por
longo tempo*.
Por volta de
1878 a.C., o faraó Senusret III subiu ao trono. Ele deu continuidade as
campanhas desenvolvidas na Núbia e foi o primeiro que tentou expandir o Império
do Egito até a Região da atual Síria.
Amenemhat III foi o sexto faraó
da décima segunda dinastia que durou 45 anos. Seus feitos o transformaram no maior
imperador do médio império. Dele partiu as ordens para a criação de grandes obras na área do oásis do
Faium, que se tornou o mais importante centro agrícola da época. Também lhe
foram atribuídas a construção de um templo funerário na região do oásis em
Hawara, foi considerado mais belo que as pirâmides.
O último rei da décima segunda
dinastia foi Sebekneferu, na verdade uma mulher, a primeira mulher cujo governo
foi atestado com segurança. A décima segunda dinastia foi a mais estável e
próspera para o Egito no período do Médio Império, houve muitas expedições para
a Núbia, Síria e ao Deserto Oriental atrás de minas e transporte de madeira. As
maiores ações desta dinastia foram realizadas fora do vale do rio Nilo. Ficou
estabelecido ainda o comércio com Creta Minóica*.
A décima terceira dinastia também
está inclusa no Médio Império. Foi constituída por dezessete faraós, o que denota
certa instabilidade política. O período é considerado confuso pela ocorrência
de povos vindos da Ásia, os chamados Hicsos, que se aproveitaram da instabilidade
para expandir o poder e controlar a área. Todavia, eles também levaram para o
Egito alguns importantes recursos destinados a guerra principalmente a
carruagem puxada por cavalos.
Os egípcios perderam as fortalezas do
sul do Nilo para a Núbia e as invasões dos povos estrangeiros fizeram com que
os soberanos se retirassem mais para o sul, enquanto os invasores permaneceram
por aproximadamente 170 anos*.
O Médio Império foi também um
período de florescimento das artes, desenvolveram-se as tumbas escavadas nas
rochas como pode ser visto no Vale dos Reis. Foram construídos também grandes
templos. Relações diplomáticas foram desenvolvidas com a Fenícia e com Creta e
expedições comerciais chegaram ao Punt. A fase do Médio Império chegou ao fim
novamente por conta da instabilidade do poder central e deu-se início então o
Segundo Período Intermediário.
* - http://www.infoescola.com/civilizacaoegipcia/medio-imperio
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários