O Chevrolet Chevette foi um carro
da General Motors lançado no Brasil em 1973, tendo como número do projeto "909",
sendo batizado pela GM como projeto do desenvolvimento de seu primeiro veículo
de passageiros de pequeno porte.
A ideia surgiu ainda em 1962 e
ganhou força com a pesquisa de mercado realizada em 1965, que detectou a
existência de dois segmentos viáveis no mercado brasileiro: os automóveis de
médio-pequeno e médio-grande portes.
Em 1970 a decisão é tomada
e 1.600 homens são designados para dedicar-se exclusivamente ao
Projeto 909 surgindo os modelos sedã de duas portas.
Pouco tempo depois lança-se uma nova versão, o chevette quatro portas, uma versão feita para exportação nos anos de 1977 a 1981 e 1987, da qual poucos exemplares foram vendidos no mercado interno.
Chevette hatchback
Obteve-se também a versão station wagon, esta chamada de Marajó, ambas com duas portas.
Marajó ou station wagon
Também teve uma picape, a Chevy 500 (de 1983 a 1995).
Chevy 500
Em 1983 foi feita um verdadeira reforma no design, pois além da frente e traseira redesenhadas, trazia câmbio de cinco marchas e motor 1.6 para toda linha, com carburação simples ou dupla (´´S´´) por litro, e motores a gasolina e álcool. Foi equipado com motores de 1,0 o Chevette Júnior (1993) e 1,4 para exportação.
Chevette 83
A última unidade do Chevette no Brasil saiu da fábrica em 12 de novembro de 1993, já como modelo 1994. Entretanto, é comum encontrá-los rodando pelas ruas, uma vez que foi um modelo que alcançou um expressivo número de vendas (cerca de 1,6 milhões de unidades) e demonstrou ser bastante robusto, arrebatando uma legião de fãs. O Corsa de segunda geração tornou-se seu sucessor no Brasil, repetindo o mesmo sucesso.
Último Chevette 93 modelo 94 fabricado na GM de São José dos Campos-SP
O Chevette nasceu e cresceu na estrada. Desde a produção dos quatros primeiros protótipos da frota de teste até o lançamento, esses veículos percorreram cerca de 1.400 km por dia, atingindo um total de 750.000 km.
O Lançamento do Chevette
O avanço tecnológico e o consumo marcaram os anos 70 no Brasil. Foi nesse clima de efervescência industrial que a GMB realizou seu segundo grande lançamento: o primeiro carro pequeno da família Chevrolet, com motor de 1.400 cm3 e 68 HP de potência bruta a 5.800 rpm, especialmente desenvolvido para esse modelo.
Apresentado oficialmente à imprensa no dia 24 de abril, o Chevette se consagrou por alguns itens que obtiveram a unanimidade dos jornalistas especializados que o tiveram nas mãos para testá-los – na época, com as pistas do CPCA em início de construção, os testes eram realizados nas pistas internas da Fábrica de São José dos Campos - design internacional, conforto interno, dirigibilidade, manobrabilidade, estabilidade e acima de tudo, segurança. Acompanhe abaixo uma das primeiras reportagens apresentando o Chevette ao público brasileiro.
À frente de seu tempo, o Chevette incorporava itens de segurança como sistema de direção não-penetrante e pisca-alerta superiores aos exigidos pelo Contran em sua resolução mais recente. Outro item de destaque: o sistema hidráulico de freio com duplo circuito, independente nas rodas da frente e nas de trás.
No dia seguinte ao lançamento, Joelmir Betting escrevia em sua coluna da Folha de São Paulo: “O Chevette leva a chancela da GM e a GM não brinca em serviço. Um investimento superior a US$ 100 milhões permitiu à GMB não apenas desenvolver o novo carro, mas dotar a fábrica de condições para dar resposta imediata a qualquer tipo de solicitação do mercado. A verdade é que o Chevette constitui um novo divisor de águas dentro do mercado brasileiro de carros novos. Simplesmente porque toca fogo no grande paiol da concorrência, a do primeiro degrau da escalada do brasileiro na direção do carro próprio: a faixa do mais barato, a do primeiro carro do indivíduo e, já agora, a do segundo carro da família”.
O ÚLTIMO CHEVETTE PERCORREU OS 2.813 METROS da linha de produção de São José dos Campos no dia 12 de novembro de 1993. Da funilaria à linha final, cada encaixe, cada aperto, cada teste teve um agradável sabor de despedida, de missão cumprida. Sai de cena um produto vitorioso, que manteve sua participação no mercado sempre em evidência – 73 mil veículos vendidos por ano na média do primeiro decênio – e que encerra sua produção com o mesmo volume do ano do lançamento – mais de 30.000 unidades. No porta-malas da última unidade, uma bagagem de confiança: atrás de si já aponta outro vencedor.
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