domingo, 27 de abril de 2014

A Crise de 1929 e o New Deal



A Crise de 1929, popularmente conhecida como A Grande Depressão, foi uma grave crise econômica, a pior e mais longa que o século XX já passou. Entre todas as suas consequências podemos destacar as altas taxas de desemprego, a drástica diminuição da produção industrial em diversos países e quedas significativas nos PIB’s. Praticamente todo o mundo sentiu os efeitos dessa crise.

Em julho de 1929 a produção industrial americana começou a cair dando início A Grande Depressão que se prolongou até o dia 24 de outubro, quando a bolsa de valores de Nova York e a New Stock Exchange viram os valores de suas ações despencarem. Milhares de acionistas perderam tudo da noite pra o dia. Várias empresas comerciais e indústrias fecharam elevando drasticamente as taxas de desemprego e pioraram ainda mais os efeitos da recessão.


Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, alguns países europeus estavam com suas economias enfraquecidas, enquanto que os Estados Unidos cresciam cada vez mais, lucrando com a exportação de alimentos e produtos industrializados. Em decorrência disso a produção norte-americana se acostumou com esse crescimento, o que aumentou dia após dia, principalmente entre os anos de 1918 e 1928.  Era um cenário com muitos empregos, preço baixo, elevada produção na agricultura e a expansão do crédito que incentivada o consumismo desenfreado.


O problema para os Estados Unidos foi que a Europa começou a se reestabelecer, o que levou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Agora a indústria norte-americana não tinha mais para quem vender a quantidade exacerbada de mercadorias, havendo mais produtos do que procura. Isso levou a diminuição do preço, queda da produção, e consequentemente, aumento do desemprego. Esses fatores provocaram a queda dos lucros e a paralisação do comércio, ocasionando a queda das ações da bolsa de valores, quebrando-a em seguida.  Em resumo, a crise de 1929 se deu graças a superprodução, que não estava preparada para a falta de procura, e acabou com todas as mercadorias encalhadas.

O setor cafeeiro foi o grande reflexo dessa crise no Brasil. Os americanos eram os maiores compradores do nosso café, mas com a chegada da crise, houve uma acentuada diminuição de suas exportações. Essa situação obrigou o governo brasileiro a comprar e queimar toneladas de café para diminuir a oferta e manter o preço do principal produto do país. Isto induziu os cafeicultores a investiram no setor industrial, o que de certa forma foi positivo para a indústria brasileira.

A solução para o grave problema veio com a eleição do democrata Franklin Delane Roosevelt. Ele pôs em prática, a partir de 1933, o  New Deal, que fazia com que o governo passasse a controlar os preços e a produção das indústrias e fazendas. Assim foi possível controlar a inflação e evitar que houvesse acúmulo de estoques. O Plano também inseria investimentos em obras públicas, como a melhoria das estradas, ferrovias, energia elétrica, entre outros. Desta forma começaram a aparecer os primeiros resultados, havendo uma diminuição significativa do desemprego.

Com o desenvolvimento do programa, a economia norte-americana foi aos poucos voltando a entrar no rumo, e no início da década de 1930 ela já funcionava normalmente.

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