A Inglaterra tornou-se, durante o século XVI, uma grande
potência comercial. Seu avanço econômico iniciou-se devido ao comércio marítimo
que rapidamente formou um grupo de comerciantes, proprietários de oficinas e de
navios. Essas pessoas eram chamadas de burguesia ou burgueses. Nas áreas rurais
os camponeses foram expulsos das terras em que viviam uma vez que a criação de
ovelhas era necessária para extração de lã e com isso, abastecer a indústria de
tecidos. Assim, os pequenos e médios proprietários rurais prosperaram bem como,
a nobreza.
A monarquia hereditária e os Lordes detinham o poder da
administração local: polícia, justiça e Câmara dos Lordes.
Os movimentos conhecidos como Revoluções inglesas inverteram
a situação política inglesa e levaram a burguesia ao poder central. Por isso, pode-se
afirmar que tais movimentos ajudaram a firmar a ordem liberal burguesa naquele
país:
Essa
nova ordem, cujos princípios continuam presentes nos dias atuais, instituiu a tolerância
religiosa, a representação política da sociedade no parlamento e a subordinação
de todos, incluindo o rei, à Constituição estabelecida pelo poder legislativo
(BRAICK, MOTA, 2006, p.23).
Na virada do século XVI
para o XVII, a Inglaterra enfrentava crises diversas: Política, Econômica e
disputas religiosas entre grupos católicos e diferentes denominações de
protestantes.
O falecimento da
rainha Elizabeth I, em 1603, criou um clima de instabilidade ainda maior. A
rainha não havia possuía um herdeiro para assumir o trono que acabou ficando nas
mãos do seu primo o rei da Escócia Jaime Stuart.
Jaime I manteve o
anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e passou a perseguir os
puritanos. A implacável perseguição provocou uma grande emigração dos puritanos
que em 1620 fundaram a Nova Inglaterra na costa leste do atual território dos
Estados Unidos. Além disso, Jaime I criou o monopólio real sobre as indústrias
de tecido (Monopólio real: controle exclusivo da coroa em determinado ramo econômico),
tentou aumentar impostos e criar novos. Seu autoritarismo provocou um confronto
com o parlamento que se sentiu desprestigiado pela coroa.
Em 1625 Jaime I
faleceu e o trono inglês foi ocupado pelo seu filho, Carlos I. O parlamento por
sua vez, fez o novo rei assinar um documento, em 1628, que o proibia de adotar
novos impostos, convocar o exército ou estabelecer rendas fixas sem a sua
aprovação. Esse documento ficou conhecido como “Petição de Direito”.
Mesmo tendo assinado
a Petição de Direito, Carlos I adotou uma política autoritária, semelhante a do
seu pai. A questão econômica se agravou e os conflitos religiosos tomaram grande
proporção quando Carlos I impôs a religião anglicana aos escoceses que eram
presbiterianos.
1 Monarquia
hereditária - Monarquia é um sistema de governo em que o monarca (rei) governa um país como chefe de
Estado. A transmissão de poder ocorre de forma hereditária
2 Lordes - Lorde (do inglês lord) é um título
de nobreza empregado no Reino Unido. É equivalente a "Senhor" ou "Dom" em
Portugal.
3 Câmara dos Lordes - Camara
do parlamento
4 Ordem liberal
burguesa – vem de liberalismo (Clique aqui)
5 Poder legislativo –
Poder independente encarregado de fazer e/ou aprovar leis
6 Católicos – Grupo cristão
ligado a Igreja Católica Apostólica Romana
7 Protestantes –
Grupos de cristãos que se separaram do catolicismo por ocasião da Reforma
Protestante e que posteriormente, se subdividiram em várias outras denominações
8 Emigração – saída de
um território
9 Autoritarismo – exercício
do poder nas mãos de uma só pessoa
10 Anglicana – Igreja Anglicana
ou Episcopal: Religião cristã oficial da Inglaterra.
11 Presbiterianos - se
refere as igrejas cristãs protestantes que aderem à tradição teológica
reformada (calvinismo) e cuja forma de organização eclesiástica se caracteriza
pelo governo de uma assembleia de presbíteros, ou anciãos.
Referencias:
Braick, Patrícia Ramos. História: das
cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: moderna, 2006.
Wkipedia.com
Suapesquisa.com
vestibular.uol.com.br
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